O Tribunal Regional de Berna-Mittelland, na Suíça, anulou a condenação de Alexi Stival, conhecido como Cuca, ex-jogador e atual técnico de futebol, por crime de coerção sexual – equivalente ao estupro segundo a legislação suíça atual – durante uma excursão do Grêmio ao país em 1987.
A decisão, tomada pela juíza Bettina Bochsler, respondeu à alegação da defesa de Cuca de que ele foi condenado in absentia, sem representação legal. Embora o Ministério Público suíço tenha alegado a prescrição do crime, sugeriu a anulação da pena e o encerramento do processo.
A defesa de Cuca reuniu evidências para provar que ele não cometeu estupro ou abuso contra Sandra Pfäffli, de 13 anos, no Hotel Metropole de Berna. A decisão final, emitida pela juíza Bochsler, determinou a conclusão do caso e ordenou o pagamento de 13 mil francos suíços (aproximadamente R$ 75 mil) em indenização a Cuca, valor que foi reduzido para 9.500 francos (cerca de R$ 55,2 mil) após descontos de custos processuais.
A sentença de anulação foi divulgada pela defesa de Cuca, sem possibilidade de novos recursos.
Cuca viu sua carreira interrompida após a reemergência do caso quando ele foi contratado pelo Corinthians em abril do ano passado. Sob pressão, ele renunciou após dois jogos, transformando o caso em emblemático.
O técnico expressou alívio com o resultado, afirmando que os últimos oito meses, embora emocionalmente desafiadores, ocorreram no tempo certo.
A decisão judicial não inocenta Cuca no mérito da acusação. A anulação está centrada na ausência de representação legal no julgamento original.
A acusação de 1987 acompanhou a carreira de Cuca, ganhando maior atenção em 2023, e levantou debates sobre machismo no futebol e a necessidade de reavaliação da justiça em casos antigos.
Com informações do poder 360*