O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva promoveu mudanças na cúpula da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), com a demissão do diretor adjunto da agência, Alessandro Moretti.
Marco Cepik, que atuava como chefe da Escola de Inteligência da Abin, foi escolhido para substituir Moretti. Cepik, cientista político e ex-diretor-executivo do Centro de Estudos Internacionais sobre Governo (CEGOV) em Porto Alegre, assume o cargo em um contexto de ampla reestruturação na agência, que envolve a substituição de diretores de sete departamentos.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que é o relator do caso, retirou o sigilo da decisão que autorizou as alterações na Abin e divulgou informações da Polícia Federal (PF) sobre a atuação da cúpula da agência durante o governo de Jair Bolsonaro.
Na semana passada, a PF mencionou Alessandro Moretti em um inquérito que investiga um suposto esquema de monitoramento ilegal dentro da Abin. Marco Aurélio Cepik, servidor de carreira da Abin e conhecido por sua ligação com movimentos de esquerda, é apontado como um dos principais candidatos ao cargo.
Lula afirmou que o ambiente não era favorável para a permanência de Alessandro Moretti.