Ex-diretor da ABIN quebra o silêncio (veja o vídeo)

O deputado Delegado Ramagem, ex-diretor da ABIN, rebateu as narrativas que estão sendo propaladas pela velha imprensa sobre uma suposta ‘Abin paralela’ que agiria sob seu comando.

O deputado explicou que o sistema First Mile existente, comprado na gestão do ex-presidente Michel Temer, não faz interceptação de comunicações, e apenas oferece uma localização grosseira dos alvos, sendo utilizado por diversas instituições.

Ramagem fez um relato do que ocorreu desde que, em março de 2020, mapeou os processos dentro da Abin e havia suspeitas sobre o uso do sistema First Mile. Os levantamentos, feitos juntamente com servidores da Corregedoria-Geral da União e da Advocacia-Geral da União, trouxeram ressalvas sobre o First Mile, que era utilizado por um departamento específico, o departamento de operações.

Ramagem relatou que solicitou informações detalhadas a esse departamento, que se recusou a responder. Após a recusa, Ramagem exonerou o responsável por aquele departamento.

“Nós não ficamos satisfeitos, nós fomos direto ao departamento de operações. Quando foi provocado a informar sobre a regularidade, como estava sendo utilizada a ferramenta, se havia algum controle, não nos informava nada. Isso culminou na exoneração do diretor de operações, com a portaria de 24 de agosto de 2021. Exoneramos. Vamos voltar a esse servidor que eu exonerei mais à frente. Exoneramos o diretor de operações em razão do First Mile”, disse.

O deputado relatou que, na semana seguinte a essa exoneração, ele determinou uma investigação específica sobre o First Mile, que resultou em três sindicâncias investigativas, abertas por ele, após um procedimento administrativo indicar problemas com o First Mile, ainda em 2021.

Ramagem explicou que, quando a auditoria que ele fez foi concluída, foram iniciados procedimentos para a investigação de crimes naquele departamento. Ele prosseguiu:

“No governo Lula, quem voltou para a alta administração da Abin? A pessoa, o servidor que eu exonerei. Voltou em posição superior, voltou como Secretário de Planejamento e Gestão – a função que faz todas as investigações.

Segundo as notícias, ele que tem suspeita de estar apagando logs. Quando houve busca e apreensão na casa dele, foi lá que encontraram 170 mil dólares, quase um milhão de reais. Você está verificando quem era a Abin paralela e quem estava fazendo as devidas fiscalizações do sistema”.

O deputado mostrou a fragilidade da acusação contra ele, evidenciando que não há um único registro de sua utilização desse sistema. Ramagem disse:

“O que a gente quer é uma persecução penal devida, não perseguição. O que a gente quer é devido processo legal, devida construção de conjunto probatório. Como é que uma investigação dessas se volta contra a pessoa que deu início à investigação? Como cumprem mandado de busca e apreensão na minha casa sem apontar nada meu vinculado a essas consultas? E não há, porque eu não fiz nenhum pedido, direta ou indiretamente, formal ou informalmente. A verdade aparece”.

Confira:

Source: JCO
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