Quando avaliamos o desempenho de determinados político, é necessário examinar e avaliar suas ações, principalmente sua participação em questões relevantes para o estado que o elegeu. Sobretudo, a falta de Realizações das Promessas de Campanha.
Se o político prometeu algo durante a campanha e não conseguiu cumprir, certamente, isso pode levar a uma percepção negativa. Envolvimento em atos de corrupção ou má conduta, escândalos ou comportamento antiético podem prejudicar a sua reputação e sua capacidade de liderar de forma eficaz.
A falta de comunicação, transparecia sobre suas decisões e ações políticas, também pode criar desconfiança entre os eleitores. Sobretudo, se o político não estiver sintonizado com as necessidades e preocupações da população, possível pode causar um certo distanciamento de seus eleitores, principalmente aqueles que chegaram lá Através do quociente eleitoral ou aqueles surfistas que supostamente adotaram uma postura alinhada ao presidente Jair Bolsonaro.
Certamente, ondas como o ‘efeito Bolsonaro’ deram corpo a políticos despreparados, mas também trazem novas lideranças dispostas a trabalhar. O problema é que o eleitor de Rondônia tem dificuldades para separar quem é quem, e acaba prejudicando bastante o Estado, elegendo e reelegendo gente que na prática é um zero à esquerda.
Dentro do efeito Bolsonaro aparecem o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) e o senador Jaime Bagattoli (PL-RO), por exemplo.
O senador ainda tem jeito, pois tem apenas um ano de mandato. Não trouxe benefícios para Rondônia e agora o ativista político Caetano Neto lembra que ele possivelmente quebrou o decoro parlamentar, pois legislou em causa própria. O site Rondoniadinâmica mostrou que Bagattoli é sócio do Auto Posto Catarinense, em Vilhena, e também é presidente da Associação dos Proprietários e Arrendatários de Postos de Combustíveis de Rondônia.
Mesmo assim ele apresentou um projeto de lei para permitir que até 50% das bombas de combustível operem no modelo de autosserviço. Na prática o senador pretende demitir metade dos seus frentistas, e para isso quer aprovar uma lei no Congresso. É onde Caetano Neto afirma que legislar em causa própria é quebra de decoro parlamentar.
Tem também um coronel Chrisóstomo, que durante os inflamados discursos grita mais do que antigos vendedores de leite. Foi secretário de Obras em Porto Velho, mas teve que ser exonerado após cinco meses, pois não apresentava trabalho. É a prova de que o Bolsonarismo deu voz a despreparados.
Mas existem os bons nomes. Tem um outro coronel, o Marcos Rocha (União Brasil), que conseguiu ser reeleito devido ao trabalho apresentado. Também surgiu durante o efeito Bolsonaro, e quando seu nome foi para reavaliação em 2022, foi reeleito.
Tem também a deputada federal Silvia Cristina (PL-RO). Cresceu inicialmente com o efeito Bolsonaro, mas agora continua crescendo devido ao trabalho apresentado. Nesta semana ela se reuniu com o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, para tratar da manutenção do Hospital Dream da Amazônia.
O hospital foi todo equipado com recursos de emenda parlamentar destinado por Silvia Cristina, e agora o atendimento é feito com o dinheiro das emendas dela. Ela conversou com o prefeito para pedir apoio. Hildon Chaves disse que o município dispõe de recursos para atender casos de menor complexidade.
Hildon Chaves não está no arco de alianças do PL, mas isso não impede que Silvia Cristina o procure para buscar apoio em algo que ajudará a população. Muitos pacientes já chegaram no Hospital Dream da Amazônia em cadeira de rodas e saíram de lá andando. A deputada federal mostra que não está em seus planos se apossar de um projeto apenas para ganhar votos sozinha. É justamente isso o que a faz ganhar votos. Ela não fica brigando, não fica gritando e nem é dona de hospital. Com esse trabalho, ela cresce.
E tem gente que também tenta surfar na onda Bolsonaro, mas apresenta algumas dificuldades. É o caso do senador Marcos Rogério (PL-RO). Ele foi do PDT, era membro ativo da Juventude Socialista e dizem em tom de ironia que batia continência para Brizola. De repente, quando começou a onda Bolsonaro, Marcos Rogério se descobriu bolsonarista. Há quem diga que na verdade ele seria oportunista. Há alguns anos o ex-deputado federal Léo Moraes citou em um debate essa parte do passado de Marcos Rogério. Dê uma olhada no vídeo abaixo:
Na Assembleia Legislativa tem o deputado Delegado Camargo (Republicanos), que durante praticamente todo o ano de 2023 discursou com um adesivo no peito dizendo “Fora Lula”. Como se Lula fosse se importar com um protesto feito em um Estado onde o número de eleitores pode ser considerado insignificante no cenário nacional. Em qualquer das diversas grandes cidades de São Paulo, por exemplo, há mais eleitores do que em Rondônia.
O eleitor de Rondônia precisa abrir os olhos. Ter Bolsonaro como o melhor presidente que já existiu, é uma coisa. Votar em gente que surfa na onda bolsonarista mas que não traz recursos é outra coisa. Isso não é bom para o Estado.