Durante encontro no Show Rural em Cascavel, Paraná, representantes do agronegócio brasileiro expressaram preocupação ao ministro da Agricultura de Lula, Carlos Fávaro, .
Eles descreveram o momento atual como uma “condição perversa”, devido à combinação de quebra de safra e redução nos preços dos produtos.
Contudo, Fávaro negou a possibilidade de assistência financeira imediata ou adiamento no pagamento de dívidas.
Norberto Ortigara, Secretário de Agricultura e Abastecimento do Paraná e presidente do Conselho dos Secretários de Agricultura do Brasil, salientou que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirmou as perdas significativas em estados como o Paraná, onde a quebra de safra já atingiu 3,4 milhões de toneladas, sendo 2,8 milhões apenas de soja.
Diante da crise, o secretário apelou ao ministro por uma solução digna, ressaltando a situação difícil enfrentada pelo setor agropecuário, marcada por perdas de safra e declínio nos preços. No entanto, Fávaro argumentou que o momento não deve ser considerado de crise, mas sim de vigilância. Ele destacou que, apesar das adversidades climáticas em algumas áreas, outras regiões, como o Rio Grande do Sul, compensarão com um aumento na produção.
Fávaro aconselhou os produtores afetados a manterem a calma, assegurando que o governo está ciente da situação e trabalha para encontrar soluções sem precipitar falências, inadimplências ou encargos por atraso.
Paulo Orso, presidente do Sindicato Rural Patronal de Cascavel, alertou para a grave situação dos produtores, que enfrentam quebras de safra de 25% a 30% no oeste do Paraná. Ele expressou desapontamento com os preços atuais da soja e mencionou a possibilidade de recorrer à securitização de dívidas.
Não dá para acreditar em tal postura do ministro de Lula.