Marcos Roberto de Almeida, conhecido como Tuta, maior liderança solta do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi condenado esta semana por lavar R$ 1 bilhão da facção criminosa.
Mesmo sendo procurado pela polícia, ele desempenhou a função de adido comercial no consulado de Moçambique em Minas Gerais, onde recebia salário de R$ 10 mil reais para tratar de temas importantes para o intercâmbio comercial de Moçambique com o Brasil.
Tuta trabalhou como adido entre 2018 e 2019, com carteira assinada.
Certa feita, o ex-consul honorário de Moçambique em Minas Gerais, descreveu Tuta como “um homem de grande idoneidade”, que “desempenhava sua função corretamente” e que “preenchia todos os requisitos necessários” para o cargo.
Tuta apresentou sua folha de antecedentes à Justiça Federal e Justiça mineira, antes de ser contratado.
Quando o agora ex-cônsul foi intimado a falar como testemunha de defesa de Tuta ao TJSP, ele o desligou do quadro de funcionários do consulado, ao ficar sabendo das ligações do adido comercial com o crime organizado.