Deputado e o primo assessor recebem mais de R$ 25 mil em diárias para ir a Brasília fazer o que poderia ser feito em Rondônia mesmo

Camargo, o mais metido a moralista na Assembleia Legislativa, tinha anunciado até teste de seleção para contratar assessores. Depois, contratou o primo por quase R$ 22 mil

O deputado ainda alega ter exigido no Ministério da Saúde a inclusão de Rondônia no calendário de vacinação da dengue. Qual a importância dele na fila do pão para exigir alguma coisa em Brasília? Ele nem falou com a ministra. Será que ela ao menos sabe que Camargo existe?

A prática de recebimento de diárias para viagens oficiais é comum em muitos países, incluindo o Brasil. Diárias são valores pagos a servidores públicos para cobrir despesas como hospedagem, alimentação e transporte durante viagens a serviço. No entanto, a transparência e o uso ético desses recursos são importantes para evitar abusos e garantir que o dinheiro público seja utilizado de maneira adequada.

Se o deputado Camargo e seu primo assessor, receberam mais de R$ 25 mil em diárias para viagens a Brasília, isso pode levantar questões sobre a justificativa e a necessidade desses valores. É importante analisar se a suposta viagem foi realmente necessária para o exercício das funções públicas, se houve comprovação de gastos e se os valores estão de acordo com as normas e limites estabelecidos pela legislação.

Muitos dos que acompanham a trajetória política do deputado Rodrigo Camargo (Republicanos) não sabem se riem ou se choram. Segundo o blogentrelinhas, vale lembrar que, tratar-se do deputado mais metido a moralista na Assembleia Legislativa, que até pouco tempo esculhambava com adversários políticos e cobrava moralidade na aplicação de recursos públicos.

Agora os críticos alegam que Camargo aprontou mais uma: ele e o primo receberam juntos R$ 25.200,00 em diárias para ir a Brasília. Foram sete diárias, de R$ 1.800,00 para cada um. Camargo recebeu R$ 12.600,00, e o primo mais R$ 12.600,00. O total são os R$ 25.200,00, se a calculadora do blog não estiver errada. O Entrelinhas pede aos seus três leitores que calculem também.

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Deputado Camargo e Primo recebe R$ 12.600,00 cada para ir a Brasilia acompanhar o parente

Entretanto, os cidadãos têm o direito de saber e fiscalizar e questionar o uso de recursos públicos, além dos órgãos de controle, como, o tribunal de conta, podem investigar essas situações para garantir a legalidade e a transparência no uso do dinheiro público.

A justificativa apresentado pelo deputado Camargo para viajar com o primo, recebendo diárias, é muito interessante. Dentre outras coisas ele foi participar da cerimônia de posse da Diretoria dos Tribunais de Contas do Brasil, foi cumprir agenda nos gabinetes dos deputados federais de Rondônia e ainda foi tratar com os deputados federais Gustavo Gayer e Marcos Pollon. E é claro, foi a ministérios, dentre eles a dos Povos Indígenas.

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Veja as justificativas apresentadas por Camargo para solicitar as diárias

Por que razão o povo precisa pagar diárias para o deputado Camargo ir com o primo a uma posse de diretoria dos Tribunais de Contas, se o presidente da Assembleia Legislativa já estava lá representando o Parlamento? Camargo não poderia falar com os deputados federais de Rondônia em Porto Velho mesmo? Ele tinha que levar o primo para falar com deputados federais de outros estados?

O principal cobrador de moralidade da Assembleia Legislativa promove uma grande gastança, e não se vê muita coisa de útil nessas viagens todas. E ele ainda leva o primo. O primo, no caso, é o chefe de gabinete, Rogério da Silva Camargo. Ele recebe vencimentos de R$ 21.750,67 líquidos, e ainda tem algum dinheiro que deve ter sobrado das diárias.

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O mais interessante é que o deputado Camargo, assim que eleito, chegou a anunciar teste seletivo para a contratação de assessores para seu gabinete. Foi considerada uma atitude moralizadora, merecedora de destaque nacional, quiçá mundial. Mas depois ele contratou o primo.

E, pasmem, nesta semana uma matéria no portal da Assembleia Legislativa dá conta de que o deputado Camargo foi até o Ministério da Saúde exigir a inclusão de Rondônia no calendário de vacinação da dengue.

Na matéria ainda é dito que Camargo cobrou do governo do estado a inclusão de Rondônia no calendário nacional de vacinação contra a dengue. A matéria está errada. Na certa queriam dizer que ele cobrou do Ministério da Saúde a inclusão. O que ele estava fazendo no ministério cobrando o governo de Rondônia?  Falha na hora de passar a informação. Isso acontece.

Voltando ao ponto principal, quer dizer que o deputado Camargo “exigiu” no Ministério da Saúde um tratamento melhor para Rondônia? E quem é ele na fila do pão para ter força suficiente e exigir alguma coisa em Brasília?

É bom lembrar a importância do Estado no cenário nacional. São Paulo tem 70 deputados federais, enquanto Minas Gerais tem 53 e o Rio de Janeiro 46. Rondônia tem 8, um número muito pequeno, pois há algumas cidades paulistas com mais habitantes do que nas terras de Rondon. E ainda deve ter gente achando que Rondônia é a capital de Roraima.

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