O deputado Marcus Santos, eleito pelo partido de direita Chega em Portugal, enfrentou uma entrevista tensa no programa “Uol News”.
Suas declarações sobre o conceito de “racismo reverso” levaram o apresentador a encerrar prematuramente o diálogo. Santos, que é negro, argumentou que o racismo pode manifestar-se independentemente da cor da pele, contradizendo a noção comum associada ao termo.
“Racismo é quando você tem aversão à outra pessoa pelo tom da pele. Portanto, pode existir racismo de branco para branco, de preto para preto”, explicou Santos, expandindo sua perspectiva para incluir uma visão histórica da escravidão que, segundo ele, não estava intrinsecamente ligada à cor da pele.
Santos prosseguiu, desafiando a narrativa predominante sobre a escravidão, enfatizando que tanto brancos quanto negros foram subjugados ao longo da história, muitas vezes pelos próprios membros de sua etnia.
“Os portugueses compravam os negros dos próprios negros. Por isso, o racismo nunca foi por conta da pele”, ele pontuou, referindo-se a práticas históricas de comércio de escravos.
O apresentador rapidamente encerrou a entrevista:
“Desculpa, eu vou te interromper porque o senhor está tentando reescrever a história. Agradeço ao senhor pela participação aqui conosco”, finalizou, marcando o fim abrupto do segmento no UOL.
Confira:
AUTORITÁRIO‼️
— End Wokeness Brazil🇧🇷🇺🇸🇮🇱🇮🇹🇸🇻🇦🇷 (@ElcioMoreno) March 13, 2024
Diego Sarza, jornalista da UOl: “Um negro PODE OFENDER um branco…”
Marcus Santos, deputado Português: “A escravidão nunca foi por conta da cor da pele… os brancos também já foram escravizados… Os próprios negros vendiam os negros…”
Diego Sarza, o censurou! pic.twitter.com/5w7f4MGKoc