Quando um deputado não demonstra interesse em se filiar em outro partido político e optar por manter sua pré-candidatura, isso pode ser interpretado de várias maneiras:
Primeiro: o politico pode estar demonstrando independência em relação às decisões de seus correligionários, incluindo o deputado Federal Fernando Máximo, e pode optar por seguir sua própria trajetória política, independentemente das escolhas de outros membros partidários.
Segundo: ele pode estar mais focado em sua própria carreira política e em suas aspirações pessoais, como sua pré-candidatura aqui mencionada, e sua permanência pode ser mais benéfica para seus objetivos políticos individuais.
Terceiro: o deputado pode ter discordâncias políticas ou ideológicas com as decisões do partido ou com os rumos que estão sendo tomados por certos membros, incluindo o deputado. Nesse caso, Fernando Máximo. E, ou a decisão do deputado Marcelo Cruz pode ser parte de uma estratégia política mais ampla, na qual ele está avaliando cuidadosamente as opções disponíveis e considerando qual movimento será mais vantajoso para seus objetivos políticos a longo prazo.
Em última análise, as razões por trás da decisão do deputado Marcelo Cruz podem variar e dependem do contexto político específico, das dinâmicas partidárias e das suas próprias aspirações individuais.
Independentemente das razões específicas, a decisão de Marcelo Cruz a não se filiar ao União Brasil e manter sua pré-candidatura pode ser vista como uma forma de expressar sua autonomia e buscar novas formas de participação política que estejam alinhadas com suas convicções e valores.
Diante do exposto, sabemos que o caldeirão político está fervendo em Rondônia, mas principalmente em Porto Velho, devido à aproximação das eleições municipais. Houve fusão de partidos e duas trocas de comando, no PP e no PSDB; há a formação de uma frente onde a grande estrela é o advogado Vinicius Miguel; existe a tentativa do deputado federal Fernando Máximo deixar o União Brasil; e também tem o frentão que está sendo formado pelo presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Cruz (Solidariedade).
No meio desse turbilhão, Fernando Máximo teria se irritado com Marcelo Cruz, diante dos boatos de que o presidente da Assembleia Legislativa estava de malas prontas para ingressar no União Brasil. Isso elevaria ao máximo o grau de dificuldade para que o médico consiga ser candidato a prefeito de Porto Velho pelo UB.
Fernando foi para a mesa de jogo e gritou “truco”, alegando estar disposto a deixar o União Brasil, mesmo com o risco de perder o mandato, para ingressar no PL do senador Marcos Rogério. Acontece que o presidente estadual do UB, o chefe da Casa Civil Junior Gonçalves, aparentemente achou que a mão de Fernandinho não é boa, e que a trucagem não passava de um blefe.
O chefe da Casa Civil gritou “seis”, e o médico baixou a cabeça, com os olhos fixos em suas cartas colocadas na mesa, mas viradas para baixo, deixando apenas a touquinha à vista de seus adversários. Está claro que, se Fernando gritar “nove”, Junior Gonçalves gritará “doze”, por acreditar que tudo não passe de um blefe. Muitos duvidam que o deputado federal tenha coragem de sair do partido, correndo o risco de perder o mandato, que custou muito caro.
No meio desse cenário, o presidente da Assembleia Legislativa manteve a pré-candidatura a prefeito e não pretende ir para o União Brasil, pois não tem disposição para sentar à mesa de truco.
Marcelo Cruz se filou ao Solidariedade, onde tem a garantia de que pode manter a pré-candidatura a prefeito, sem precisar blefar para assustar alguém. O pai do presidente da Assembleia, pastor Ivanildo Ferreira, foi nomeado presidente do PRTB em Rondônia, e já avisou que sua missão é eleger o máximo possível de vereadores. E esse “máximo” possível não tem nada a ver com Fernando.
Além disso, Solidariedade e Agir firmaram parceria para caminhar juntos nas eleições municipais. O acordo com Marcelo Cruz foi selado por Eleazar Nogueira, do Solidariedade Municipal, e por Mauro Roberto da Silva, do Agir em Porto Velho.
O acordo tem as bênçãos do presidente da Agir Estadual, Natan Donadon, e o objetivo é eleger pelo menos cinco vereadores em Porto Velho. Pelo jeito essa aliança poderá se estender por muito tempo.
De acordo com pessoas ligadas a Marcelo Cruz, ele espera eleger ao todo nove vereadores e ainda mantém a pré-candidatura a prefeito. Não está nem aí para os problemas de Fernando Máximo, e ainda teria chamado para compor o grupo dois deputados de seu antigo partido: Ribeiro do Sinpol e Edevaldo Neves.