Fabio Wajngarten, advogado e membro da equipe de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), confrontou as declarações do general Freire Gomes, antigo comandante do Exército, feitas à Polícia Federal.
Freire Gomes relatou ter participado de encontros com Bolsonaro, onde teriam sido discutidos documentos relativos à implementação de medidas extremas como GLO, estado de Defesa e estado de Sítio.
Wajngarten descreveu o testemunho do general como “folclórico” e destacou a estranha “memória seletiva” do militar, que lembra de detalhes específicos, mas não das datas exatas das reuniões.
“Tem general com memória seletiva. Recorda-se de vírgulas, frases e palavras, mas não se recorda de datas. Bem curioso. Mais [curioso] ainda é que as defesas não têm nenhum acesso a esse depoimento folclórico,” ele escreveu.
Freire Gomes teria mencionado que Bolsonaro apresentou um documento aos líderes militares contendo alegações de supostas intervenções judiciais.
Entretanto, o próprio general admitiu não conseguir precisar a data do encontro com Bolsonaro, o que acrescenta uma camada de ambiguidade às suas alegações.