Progressistas não têm nome para eleger nenhum vereador, e agora existe o temor da judicialização
Na noite de quinta-feira (21) pré-candidatos a vereador em Porto Velho pelo PP se reuniram no Hotel Rondon para discutir a crise instalada no partido, diante da possibilidade de que a Justiça seja acionada para decidir quem fica na presidência da legenda.
O ex-governador Ivo Cassol, uma grande liderança política no Estado, foi colocado na presidência do diretório estadual do partido pela executiva nacional. A ex-presidente, a ex-deputada federal Jaqueline Cassol, não gostou e o caldo engrossou.
De um lado Jaqueline tem reclamado, dizendo que o irmão Ivo não a avisou de nada, que ela foi apanhada de surpresa e que sua substituição não foi consensual. De outro lado, o ex-governador teria dito que ele entregou o PP redondinho para Jaqueline, e que o partido não está mais assim.
Nos bastidores políticos grande parte de quem tem mandato dá razão a Ivo Cassol, dizendo que Jaqueline acabou com o partido, que não é mais a sombra do que era, comparado com a época em que era dirigido pelo irmão.
No meio disse tudo vazaram informações de que a situação seria resolvida na Justiça, o que teria deixado Ivo Cassol extremamente irritado. Isso porque foi ele quem entregou o PP a Jaqueline, e também porque a carreira política dela só deslanchou porque Ivo a colocou debaixo do braço. Mas o blog apurou que os dois já estão se entendendo.
Apesar disso, em Porto Velho o PP está naufragando. O Entrelinhas recebeu mensagens com análises sobre o potencial de voto dos pré-candidatos do partido à Câmara Municipal. Aparentemente os progressistas não estão em condições de eleger nenhum vereador, pois não existe um único puxador de votos.
Ivo Cassol ainda não esteve em Porto Velho após receber o comando do PP, mas ele está precisando visitar a capital se quiser eleger pelo menos um vereador.
Os pré-candidatos que se reuniram no Hotel Rondon decidiram não registrar a ata, esperando para ver o que acontecerá, se alguém recorrerá à Justiça ou não, ou se aparecerá mais algum pré-candidato que tenha condições de obter um número expressivo de votos.
Não se sabe se alguém teve a coragem de telefonar para Ivo Cassol e explicar o que realmente está acontecendo.