Ex-delegado da PF que comandou operação contra corrupção em 2008, tem prisão decretada

O ex-delegado da Polícia Federal e ex-deputado Protógenes Queiroz teve sua prisão decretada pelo juiz Nilson Martins Lopes Junior, da 6ª Vara Criminal Federal de São Paulo, nesta terça-feira (2).

A decisão também incluiu o pedido para que o nome de Queiroz seja adicionado à lista vermelha de procurados da Interpol.

O banqueiro Daniel Dantas acusa o ex-delegado de violar o sigilo funcional ao vazar informações da Operação Satiagraha, da qual foi alvo em 2008.

Dantas acusa Queiroz de repassar informações sobre diligências a jornalistas em seis ocasiões.

Desde 2019, a ação se arrasta na Vara Federal devido à dificuldade de citar o réu, que vive na Suíça desde 2015, alegando asilo político concedido pelo governo suíço.

Com tentativas fracassadas de citar Queiroz, a equipe jurídica de Dantas e o Ministério Público Federal solicitaram a prisão preventiva do réu.

O juiz Nilson Martins Lopes Junior afirmou que o crime imputado ao ex-delegado tem pena superior a 4 anos de prisão e destacou a existência de “prova do crime e indícios de autoria”.

O magistrado ressaltou a dificuldade em localizar Queiroz e determinou o bloqueio do passaporte do réu.

A Operação Satiagraha, comandada por Protógenes Queiroz em 2008, resultou na prisão de Daniel Dantas, Celso Pitta, Naji Nahas e outras 14 pessoas suspeitas de corrupção e lavagem de dinheiro.

As investigações tiveram início quatro anos antes, como desdobramento do caso do mensalão.

Protógenes foi afastado da operação por vazamento de informações à imprensa e realização de escutas ilegais com agentes da Abin.

Em 2010, foi condenado a três anos e quatro meses de prisão, pena posteriormente convertida em prestação de serviços comunitários.

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