Parece que a ‘prerrogativa’ de ser ‘amigo pessoal’ da ministra Sônia Guajajara valeu a Hone Riquisson Pereira Sobrinho a possibilidade de realizar inúmeras viagens com tudo pago pelo governo.
No total, até o momento foram 24 viagens, que totalizaram 66 dias de ‘passeio’ para o cidadão ‘privilegiado’.
Isso é um absurdo. Isso é corrupção.
Durante reuniões e viagens oficiais, Hony é apresentado como assessor do Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e uma espécie de braço-direito da ministra, porém ele não é funcionário público concursado ou temporário.
Isso pode até ser enquadrado como falsidade ideológica.
O governo federal já gastou R$ 76,2 mil em passagens e diárias para Hony.
O amigo de Guajajara é incluído nessas viagens como “colaborador eventual”, que é uma categoria prevista na administração pública, destinada a pessoas sem vínculo com o governo, mas com “capacidade técnica específica” para a “execução de determinada atividade sob permanente fiscalização”.
Hony é o “colaborador eventual” que mais recebeu passagens do Ministério dos Povos Indígenas.
O MPI informou que a colaboração eventual é um mecanismo legal para a execução de determinada atividade sem vínculo empregatício.
É, sem dúvida, uma alegação pouco convincente e que deveria ser seriamente investigada.
É importante esclarecer que, segundo Lays Furtado, da assessoria de imprensa do MST, Hony Sobrinho não integra mais o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) já há alguns anos.