Departamento do Tesouro dos EUA anuncia sanções contra o Irã para os próximos dias

Nesta terça-feira (16), a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, anunciou planos para impor sanções adicionais ao Irã nos próximos dias, em resposta aos ataques retaliatórios contra Israel.

Durante coletiva de imprensa realizada antes das Reuniões da Primavera de 2024 do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial, Yellen afirmou esperar “plenamente que adotemos sanções adicionais contra o Irã nos próximos dias”.

Embora tenha se abstido de detalhar especificamente quais setores do Irã seriam alvo das sanções, ela não descartou a possibilidade de restrições adicionais aos embarques de petróleo.

Essa medida poderia impactar significativamente o mercado global de energia, considerando que o Irã é o quarto maior exportador de petróleo, contribuindo com 3% da produção mundial.

Relatórios divulgados anteriormente indicam que dezenas de petroleiros continuam a transportar grandes quantidades de petróleo bruto do país.

Embora autoridades americanas tivessem a opção de interromper esses envios aconselhando a seguradora a revogar a cobertura para os petroleiros, navios são autorizados a continuar suas operações.

As tensões entre os EUA e o Irã remontam a décadas, com vários períodos de sanções impostas pelos EUA por diferentes motivos.

Em 2015, um acordo histórico foi alcançado entre o Irã e os EUA durante a presidência de Barack Obama, visando conter o desenvolvimento de armas nucleares.

No entanto, o acordo foi posteriormente cancelado pelo presidente Donald Trump, que reintroduziu sanções ao Irã em 2019.

A decisão de impor novos bloqueios exigirá um consenso mais amplo dentro da administração Joe Biden, conforme destacado por Yellen.

Embora o Tesouro dos EUA desempenhe papel crucial nesse processo, o Departamento de Estado também está envolvido, além de uma iniciativa diplomática abrangente liderada pelo presidente Biden.

Segundo ela, o recente ataque do Irã e seus representantes contra Israel — feito após o ataque israelense à Embaixada do Irã na Síria, que matou sete membros do Corpo de Guardas da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) — ressalta a “importância de utilizar ferramentas econômicas” para combater as atividades de outro país.

A ação iraniana envolveu cerca de 300 armas aéreas disparadas pelo Irã contra Israel, que foram interceptadas quase integralmente, segundo Tel Aviv, sem relatos de vítimas.

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