Excelente artigo de J. R. Guzzo, cujo link ofereço abaixo, ao final desse texto.
Mas entendo, ao contrário de Guzzo, que não é próprio do TSE ter escrúpulos – quaisquer escrúpulos, que não teve no caso Dallagnol, condenado porque, talvez, quem sabe, venham, no futuro, a descobrir alguma irregularidade enquanto ele era membro do MPF, coisa que até hoje não ocorreu – para salvar Moro. Não, apontar escrúpulos a um grupo de burocratas sem escrúpulos algum –, é coisa com que não concordo, apesar do respeito quase religioso que tenho por J. R. Guzzo.
A hipótese que me vem à mente remonta à (vá lá, digamos assim) sabatina de Flávio Dino, em que Moro se excedeu em cortesias e quase intimidades com o “sabatinado”. Escrevi dois artigos sobre o caso e, no segundo *, provei que Moro votara, sim, em Flávio Dino.
Era tão importante assim o voto de Moro?
Era! A margem favorável da Dino – apesar dos bilhões que Lula liberara em emendas parlamentares para os senadores! – era mínima e insegura. Desconfio – não é possível ir além da desconfiança – de que houve um acordo, um compromisso de bastidores que começou a cumprir-se na sabatina de Dino e terminou nesta decisão do TSE.
Não é agradável pensar assim. Logo eu, antigo admirador de Moro, que teria votado nele para a presidência da República em 2022, caso sua candidatura tivesse vingado. Sei lá, mas a impressão que me fica é a de que Moro encerrará sua carreira política, após cumprido seu mandato de Senador.
Coisa triste!
Eis o link para o artigo de J. R. Guzzo, intitulado
Justiça Eleitoral salvou mandato de Sergio Moro por interesse político:
https://acrobat.adobe.com/id/urn:aaid:sc:VA6C2:e30ba207-5c37-4a14-9572-139c62c12fdd
REFERÊNCIA: