O deputado federal Thiago Flores começa o podcast anunciando seu convidado, mas a cadeira está vazia. Ele passa a mão nela, para ver se algum homem invisível está ali.
O título da matéria sugere uma série de eventos ou histórias assustadoras ocorrendo na cidade de Ariquemes, Sugere a presença de atividades paranormais ou aparições de espíritos, algo típico de histórias de terror, ou até mesmo se referir a uma criatura monstruosa, um animal selvagem que está causando medo ou pânico na região. Mais não é isso. Está simplesmente se referindo a um suposto fantasminha.
Já o Homem Invisível, introduz a ideia de uma figura que não pode ser vista, pode se mover sem ser detectado, aumentando o mistério e o terror, possivelmente um personagem ou até mesmo uma narrativa fictícia. Ou seja, em outras palavras, uma referência a uma obra literária, uma produção cinematográfica, uma série de televisão ou mesmo eventos locais fictícios criados para entretenimento. Porém, é interessante ler a matéria para entender o contexto.
De início cena parece assustadora, fantasmagórica. O deputado federal Thiago Flores começa seu podcast anunciando a entrevista com o ex-vereador Rafael é o Fera. Ele aponta para a cadeira, mas ela está vazia. Thiago se levanta, vai até lá, passa a mão sobre a cadeira, olha embaixo da mesa, e nada. É claro que Rafael não seria tão irresponsável ao ponto de confirmar presença e não ir. Isso indica que temos em Ariquemes o homem invisível.
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Talvez com receio de que a população não possa aceitar sem medo a presença de um homem invisível na cidade, Rafael deve ter ficado mudo no podcast. Não falou nada nem movimentou nenhum objeto, mas ele estava lá. O deputado federal Thiago Flores mostrou o áudio de WhatsApp de Rafael confirmando presença. Então ele foi. Só estava invisível. Mas não havia razão para tanto receio de a população não entender, pois Ariquemes já convive com Fera e com fantasma mesmo.
Se Rafael não fosse o homem invisível, seria visto como o cidadão sem palavra, alguém em quem é impossível acreditar. E as denúncias que ele vive apresentando, então? Não têm fundamento, como a confirmação da participação dele no podcast de Thiago Flores?
É a comprovação de que o terror tomou conta de Ariquemes. Agora que temos o homem invisível, cuidado quando tomar banho. Quanto ao Fera, todo mundo já sabe quem é mesmo. Agora vamos ao fantasma.
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Circulou em grupo de WhatsApp que o pai do ex-vereador Rafael, Edvaldo Carlos Pereira, era visto pela cidade de bermuda, no horário de expediente. Ele era nomeado no gabinete do deputado Rodrigo Camargo (Republicanos), com salário de R$ 6.355,01. Proprietário de um forró, ele trabalha sim, mas no forró. No gabinete de Camargo não se sabe o que ele fazia.
O apelido que se dá a quem recebe e não cumpre expediente é fantasma. No caso de Fera pai, Rafael foi muito criticado, pois assim como Rodrigo Camargo gosta de denunciar a administração pública e costuma falar forte. Gostam de cobrar dos outros, aliás.
A coisa pegou tão mal que Fera pai chegou a ser chamado de Gasparzinho, o que não está certo. Gasparzinho é o fantasminha camarada. Fera-pai é dono de forró, e aparentemente não é tão camarada assim. Acontece que Fera pai acabou sendo exonerado, pois começou a se espalhar em Ariquemes que o deputado mais metido a moralista do estado estaria mantendo em seu gabinete um servidor que não cumpre expediente.
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Essa situação ficaria engraçada, se não envolvesse dinheiro público. Já estava nomeado no gabinete de Rodrigo Camargo o colaborador Edevaldo Rodrigues dos Santos, com vencimentos de R$ 2.202,73. Depois que fera pai foi exonerado, os vencimentos de Edevaldo passaram para R$ 8.144,16. Parece até que adicionaram ao salário dele o valor retirado de Fera pai. A esposa de Edevaldo trabalhava no gabinete de Rafael é o Fera, na época em que ele era vereador.
PDF WhatsApp-Image-2024-06-02-at-17.36.17-650x809Edevaldo ganhava pouco mais de R$ 2 mil, mas com a demissão de Fera-pai passou a ganhar mais de R$ 8 mil, e cuida da agenda de Rafael, segundo o próprio Rafael
A grande surpresa em Ariquemes é que Fera não apareceu na entrevista que deveria dar no podcast de Thiago Flores. Disseram até que ele arregou, mas provavelmente não foi isso o que aconteceu. Ele deve ter ficado invisível. Thiago mostrou no podcast um áudio onde o vereador confirmava presença. Fera então fala o apelido de Edevaldo dos Santos, e conta que o rapaz, aquele que teve aumento de salário no gabinete de Rodrigo Camargo, está cuidado de sua agenda. A foto onde ele paga o lanche não é recente.
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Suspense: estaria o deputado Rodrigo Camargo, o mais metido a moralista na Assembleia Legislativa, usando a máquina pública para ajudar seu apaniguado em Ariquemes? O clima de terror estaria instalado na cidade, com Fera, fantasma e homem invisível? Temos acima a fotografia de Edevaldo, funcionário do Camargo, com o ex-vereador Rafael, pagando um salgadinho. A foto não é recente.
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Pode não parecer, mas Edevaldo está usando uma camiseta do deputado Rodrigo Camargo, onde está escrito: “Posso ajudar?”. Temos uma outra fotografia, com o deputado Camargo e outro colaborador dele, usando o mesmo uniforme. E aqui vamos lançar uma enquete. O Fera ficou invisível ou arregou mesmo, e não compareceu à entrevista com Thiago Flores? O blog aposta que ele ficou invisível.