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O povo acordou, a treta do arrozão foi descoberta e a Medida Provisória do “Fim do Mundo” caiu

Depois das suspeitas sobre os contemplados pelo leilão fake para importar arroz, o governo anulou o pregão e demitiu o segundo escalão do Ministério da Agricultura e Pecuária que fez o trabalho sujo, encomendado sabe-se lá por quem. Mas o governo não desistiu. Lula quer novo leilão e pediu pressa a seus ministros, mesmo com a informação dos produtores gaúchos de que não faltará arroz na mesa do brasileiro.

A colheita já tinha sido feita e já estava estocada antes da tragédia das enchentes no Rio Grande do Sul. Edegar Pretto, ligado ao MST e presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) confirmou que haverá novo leilão “quem sabe em outros modelos”. O que será que ele quis dizer com outros modelos?

A Medida Provisória 1227/2024, apelidada de Medida Provisória do Fim do Mundo foi devolvida ao governo pelo presidente do Senado e, portanto, não terá mais validade.  A MP foi editada depois que o Congresso Nacional manteve a desoneração de 17 segmentos e dos municípios antes do fim do prazo no mês passado. A desoneração permite que os municípios e os setores produtivos que mais sofreram com a pandemia do Covid19 fiquem isentos de pagar 20% de impostos sobre a folha salarial. A MP do Fim do Mundo quis dar um nó na desoneração já garantida e colocou restrições ao uso de benefícios fiscais pelas empresas com o intuito único de arrecadar.

Além de inconstitucional, provocaria aumento de preços e desemprego.

A manutenção da desoneração continua valendo e traz alívio ao setor produtivo que emprega e faz a economia girar. Já a Medida Provisória de Lula foi para o brejo. Entretanto, assim como o caso do arroz, a sanha arrecadadora desse governo também não saiu da cabeça de Lula e sua turma que só pensam em gastar.

Basta ver o número de ministérios (39), mais do que Argentina, México, Colômbia e até a Venezuela de Maduro. Somos os campeões da América Latina e ainda temos mais que o dobro de países como EUA, Alemanha, Itália, França e Reino Unido, sem falar nos penduricalhos e puxadinhos criados, bem como o luxo das viagens ao exterior do casal presidencial e assessores.

Por que não cortam as despesas ao invés de sufocar os brasileiros que produzem, geram emprego e renda?

Mas é bom que esse governo e sua base saibam que os brasileiros não estão mais deitados em berço esplêndido. Acordaram e de olho em tudo.

Por Izalci Lucas | Senador da República pelo PL/DF

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