O uso do termo “minuta do golpe” pela militância de redação é um truque de propaganda.
Ele faz um juízo de valor do rascunho de um suposto decreto que instituiria o Estado de Defesa no país, após as eleições.
É preciso notar que o decreto jamais foi implementado.
De qualquer forma, Estado de Defesa está previsto na Constituição. Se ele teria ou não um propósito “golpista”, é uma questão de opinião. Mas a imprensa chama de “minuta do golpe” justamente com o objetivo de apresentar tal opinião como um fato inquestionável, e já criar essa “realidade” na mente do público.
Que ministros responsáveis por decidir se a confecção de tal minuta pode ser enquadrado como crime estejam abertamente antecipando suas decisões pela imprensa, só deixa mais claro o completo estado de desordem jurídica que estamos experimentando.
Sem esquecer que foram esses mesmos ministros que deixaram claríssimo qual candidato deveria ser derrotado. Um deles chegou a comemorar o feito, após as eleições.
A mesma militância de redação da “minuta do golpe” chama isso de “vitória da democracia”.
Por Leandro Ruschel